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Eventos Sustentáveis: Conceito, Objetivos e Boas Práticas

Atualizado: 22 de mar. de 2023

Os eventos sustentáveis, também chamados de ecoeventos, têm como objetivo assegurar que estes são organizados através de uma postura ambiental e socialmente consciente, responsável e regenerativa.


Os ecoeventos procuram, para o efeito, mitigar as externalidades negativas geradas, promovendo um impacto positivo para a comunidade à volta do evento, e para a localidade onde o mesmo é organizado.


Eles podem, igualmente, ser um veículo de sensibilização e de empowerment dos participantes e organizadores, motivando-os a adoção de práticas de consumo mais conscientes e que promovem o desenvolvimento sustentável.


Neste artigo, pretendemos clarificar e abordar questões relacionadas com os problemas, os desafios e as boas práticas de organização e gestão dos eventos sustentáveis. Assim, de modo a facilitar o entendimento, os tópicos que iremos apresentar são:



O que é um Evento Sustentável?


Segundo a EGF - Environment Global Facilities, empresa europeia de referência no setor ambiental e líder no tratamento e valorização de resíduos em Portugal, um Ecoevento se caracteriza por ser:


“(...) uma iniciativa pontual, certificada por cada concessionária da EGF, que se realiza num espaço pré-definido, que tem uma duração limitada e que é um exemplo de adoção de medidas ambientais adequadas que promovem os conceitos da sustentabilidade. Os EcoEventos são apoiados com um serviço adequado de recolha seletiva adaptado à sua dimensão, sensibilização local e benefícios económicos associados à quantidade de embalagens separada corretamente.

Objetivos de um Evento Sustentável


De modo geral, os eventos sustentáveis focam-se em assegurar uma postura consciente, responsável e que promova o desenvolvimento sustentável, garantindo a maximização do impacto positivo gerado e a mitigação dos impactos ambientais causados pela reunião de pessoas e o aumento do consumo em curto espaço de tempo.


No âmbito destes encontros, existe um foco acentuado sobre a gestão das compras, matérias-primas, recursos e resíduos, e do impacto gerado na comunidade e no meio ambiente.


É importante referir que os organizadores, patrocinadores e promotores dos ecoeventos, devem assegurar que toda a comunicação seja feita com ética e transparência, de modo a promover a sustentabilidade e a circularidade, ao mesmo tempo que geram valor para todas as partes envolvidas (empresas, organizações, público e comunidade local).


homem a tomar café num evento de comida

Assim, alguns dos objetivos mais relevantes deste tipo de eventos são:


  • Potenciar os impactos positivos relacionados com o desenvolvimento sustentável;

  • Implementar medidas que promovam a regeneração ambiental do local do evento e que mitiguem os impactos ambientais negativos gerados;

  • Reduzir a pegada de carbono e garantir a conservação do meio ambiente;

  • Minimizar (ou mesmo eliminar) os resíduos produzidos, implementando medidas focadas na reutilização, e garantindo a valorização e um encaminhamento adequado;

  • Reduzir custos e elevar a competitividade da marca, das empresas/organizações;

  • Sensibilizar as organizações/empresas envolvidas para as questões ambientais;

  • Promover uma postura mais consciente e sustentável nos participantes;

  • Melhorar a qualidade de vida a população/comunidade local e o bem-estar dos participantes;

  • Fomentar o desenvolvimento da economia local (comércio, serviços, turismo, etc.) e os circuitos curtos no âmbito dos bens alimentares

  • Aumentar a oportunidades de empregos junto da população;

  • Gerar maiores receitas para a localidade, através da promoção do ecoevento.


→ Gostaria de saber mais sobre o modelo da Economia Circular? Veja o nosso artigo: Economia Circular - Tudo aquilo que sempre quiseste saber


Problemas e Desafios dos Eventos Sustentáveis


Estes eventos, sejam eles desportivos, musicais, religiosos ou culturais, têm vindo a ganhar cada vez mais força em Portugal e no mundo.


Entretanto, encontramos atualmente alguns exemplos de greenwashing, que, na verdade, só estão a utilizar o “carimbo” verde e sustentável para se promoverem e, no fundo, não estão de facto preocupados com o impacto que geram para o meio ambiente e para o seu contexto.


De acordo com o Guia para Eventos Sustentáveis (2012), promovido pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável - BCSD:


A organização de um evento sustentável nunca deverá ser feita com o propósito de “maquilhar” um evento com algumas características ambientais ou humanitário. O greenwashing deve ser evitado, sob pena de poder ver a reputação e sucesso do seu evento comprometido.”

Em muitos casos, de forma a promover a organização de "um evento sustentável", os promotores e organizadores focam-se maioritariamente na gestão de resíduos e na promoção da reciclagem. Contudo, apesar de relevantes, para a assegurar um evento verdadeiramente alinhado com o desenvolvimento sustentável, o foco deve ser muito mais amplo.



Assim, deve-se procurar eliminar, dentro do possível, a produção de resíduos e a poluição gerada, incentivar e implementar medidas centradas na reutilização, ter uma política de compras e de escolha de fornecedores que valorize as empresas que estão comprovadamente alinhadas com a sustentabilidade, e que apoie a economia local e os circuitos curtos.


Hoje em dia, é possível encontrar eventos que promovem, por exemplo, a reutilização de itens (como o uso de copos, pratos, e outros), além de se recusarem a oferecer itens de merchandising, o que vai de encontro com a proposta da economia circular, dado que ela procura soluções para manter os recursos a circular na economia, perpetuando a sua utilização até ao limite da sua capacidade.


Infelizmente, vários eventos aplicaram estas práticas de forma incorreta, desvirtuando por completo o principio da reutilização, fazendo inclusive "alegações verdes" infundadas (ex: ecocopos).


De acordo com um estudo realizado pelo LCA Centre, o copo de plástico resistente (PP) é mais sustentável que um copo descartável (rPET), dado que este tem de ser reutilizado pelo menos 6 vezes. Contudo, este valor pode variar dependendo de vários factores como o local de produção, o nível de eficiência no processo de lavagem dos copos reutilizáveis, a percentagem de copos descartáveis reciclados, entre outros.


Boas práticas para Eventos Sustentáveis e Circulares


Quando falamos na gestão e organização de evento sustentável e circular, é importante garantir que o plano priorize boas práticas ambientais e sociais, de forma a potenciar os aspetos mais importantes.


Por isso, é extremamente necessário que se tenha uma visão holística, geral e integrada de todos os pormenores antes da realização do evento.


De acordo com a EGF - Environment Global Facilities, no ano de 2019 foram realizados muitos ecoeventos em Portugal, sendo 377 no grupo EGF, onde foram recolhidas 517 toneladas de embalagens.


De todos os ecoeventos, os que tiveram os melhores resultados foram: “(...) a Queima das Fitas de Coimbra (com 27 toneladas de resíduos recolhidos), o Festival Vodafone Paredes de Coura (com 20 toneladas recolhidas) e o Festival Waking Life do Crato (com 17 toneladas recolhidas).”


No entanto, um evento sustentável necessita ter uma visão mais ampla do que simplesmente a recolha de resíduos provenientes destas atividades. De outro modo, só estaremos focados numa parte, neste caso, nos resíduos produzidos.


Assim, de modo a salientar as principais categorias que se deve ter em consideração, apontamos abaixo os ponto-chaves que consideramos prioritários.


1. Escolha do local para o ecoevento


Antes de realizar um ecoevento é muito importante visitar o local para reunir informações a respeito do terreno, como o solo, o abastecimento de água e energia, a qualidade do ar, a acessibilidade, de modo a assegurar a implementação de boas práticas ambientais no local onde será realizado.


É fundamental escolher um local que privilegie a luz natural e que tenha uma boa circulação de ar, e, se possível, que já possua uma política de sustentabilidade sólida através de ações voltadas para o meio-ambiente e a qualidade de vida da população.


vista aérea de um parque

No entanto, se isso não for possível, os promotores/organizadores devem garantir que as licenças sejam procedidas corretamente e enviadas aos orgãos responsáveis: autarquias, municípios, juntas de freguesia, etc.


2. Uso inteligente da água e energia


Todos os eventos necessitam de água e energia para acontecerem, porém, considerando que o evento pretendido siga as premissas da circularidade e sustentabilidade, é importante garantir a eficiência energética e hídrica, de forma a diminuir os impactos negativos que possam ser gerados.


Deve-se analisar os fornecedores do ecoevento, priorizando as empresas locais que tenham um plano de boas práticas sustentáveis, ou mesmo que já tenham políticas de sustentabilidade implementadas. O intuito é garantir que estes se comprometem em utilizar de maneira consciente e responsável os recursos hídricos e energéticos, propondo soluções mais circulares, que reduzem a pegada carbónica.


dispensador de água aromatizada

Após esta análise inicial, deve-se verificar quais as medidas e ações do plano proposto, para que a utilização da energia e da água seja adequada e coerente com um evento sustentável.


Casas de banho mais eficientes, que, por exemplo, tenham sistemas de reuso da água nos autoclismos, é uma solução eficaz para minimizar os excessos deste bem. Quanto à energia, além de optar pelo uso de energias renováveis e limpas, pode-se utilizar luzes Led no local (se o evento acontecer na parte da noite), que reduzem as emissões de carbono e as alterações climáticas.


3. Plano de gestão de resíduos do evento


É prioritário que um evento sustentável assegure uma melhor gestão dos resíduos sólidos, dado que há um grande aumento do consumo num curto espaço de tempo, o que leva ao elevado descarte de resíduos, como as embalagens de plástico, alumínio, vidros, além de madeira e cartão.


Assim, os organizadores ou promotores dos ecoeventos devem assegurar a recolha seletiva de embalagens no local, e que esta seja encaminhada de maneira correta.


Além disso, deve-se garantir que existam contentores para os diferentes tipos de resíduos em locais estratégicos e que estejam bem sinalizados, incluído o contentor de resíduos orgânicos (castanho), que devem estar mais próximos das áreas de alimentação. Neste ponto, é importante igualmente ter ações e dinâmicas que se foquem na sensibilização para este tema.


pessoa coloca garrafa de plástico no contentor amarelo

Algumas dicas para uma melhor gestão de resíduos em eventos são:

  • Identificar os tipos de resíduos gerados no evento;

  • Priorizar a reutilização de materiais (copos, pratos, utensílios, etc.);

  • Disponibilizar bebedouros com água potável, evitando a compra de garrafas descartáveis;

  • Fomentar a logística reversa através da escolha consciente de fornecedores que focam na reutilização de materiais.


4. Promoção da mobilidade e dos transportes


De modo a diminuir ao máximo a pegada ambiental de um evento sustentável, é importante estar atento às questões que envolvem a mobilidade das pessoas, a facilidade dos acessos e o transporte de cargas.


Assim, antes de divulgar o evento deve-se analisar quais as linhas de transportes coletivos que podem fazer parte da rota, incentivando o uso de autocarros, comboios, etc. Estas informações devem estar presentes em todo o material de comunicação e de divulgação.


Além disso, pode-se indicar alguns aplicativos que promovam viagens partilhadas (car sharing), como a BlaBlaCar, que conecta condutores e passageiros, reduzindo a emissão de gases de efeitos estufa.


pessoas a viajar de carro

Para o transporte de carga, deve-se criar um plano que inclua fornecedores (se possível, da localidade) que tenham uma frota de veículos eficientes, como os elétricos ou movidos a biodiesel, que garantam baixas emissões de carbono.


Pode-se também optar por conectar as empresas fornecedoras para que estas possam desenvolver parcerias ao partilhar veículos, evitando a necessidade de ter mais veículos circulando nas vias.


5. Oferta de alojamentos sustentáveis


Indicar alojamentos locais que promovam o desenvolvimento local com vistas a um turismo mais regenerativo e circular, é também uma maneira de garantir que a experiência dos participantes seja ainda mais completa.


Pode-se fazer um levantamento de alojamentos locais que já aplicam boas práticas sustentáveis e ecológicas, tais como: eficiência hídrica, uso de energias verdes e renováveis, plano de gestão de resíduos, compostagem de resíduos orgânicos, reaproveitamento de materiais e alimentos, compras mais sustentáveis, oferta de refeições feitas com produtos biológicos, sazonais e locais, dentre outras questões.


alojamento local sustentável
Foto do Chão do Rio - Turismo de Aldeia, em Travancinha

Estes alojamentos também podem ser divulgados junto aos outros materiais do ecoevento. Pode-se também desenvolver algum tipo de parceria com estes locais, como, por exemplo, oferecer pacotes com descontos que incluam alojamento, passeios turísticos e entradas ao ecoevento.


Para saber mais sobre este tema, veja o nosso artigo sobre Unidades Hoteleiras Regenerativas: boas práticas e exemplos para um turismo mais circular.


6. Foco na acessibilidade do evento


Um evento sustentável deve estar assente nos três pilares da sustentabilidade (económico, ambiental e social), e, portanto, também deve estar comprometido com o bem-estar da população.


A falta de acessibilidade é uma das questões que afetam muitas pessoas que apresentam necessidades especiais (deficiência físico-motora, auditiva, visual, etc.), e que podem ter uma má e frustrante experiência.


Assim, os organizadores e promotores de um ecoevento devem estar atentos e incluir no plano de produção e de comunicação as ações que serão realizadas no local do evento, de modo a evitar maiores constrangimentos.


pessoa com deficiência visual na frente de uma escada

A inclusão de rampas nas entradas e saídas e casas de banho adaptadas ajudam as pessoas com deficiência físico-motora a transitar livremente pelo espaço. Neste caso, deve-se evitar escolher locais onde tenham escadas, o que pode dificultar muito o acesso.


Para os deficientes visuais, pode-se incluir algumas informações em braile, bem como dispor de uma equipa para ajudar/acompanhar estas pessoas a se locomoverem dentro do espaço.


No caso de deficientes auditivos, pode-se optar em ter uma equipa formada em linguagem de sinais. Todos estes pormenores são muito importante para assegurar que todos estejam convidados a desfrutar do evento, evitando assim, a exclusão social.


7. Serviço de catering e alimentação


A oferta alimentar ou o serviço de catering de um ecoevento deve ir de encontro com os princípios da sustentabilidade e circularidade. Deve-se assegurar uma alimentação equilibrada, natural e responsável a todos os participantes, e estas informações precisam fazer parte do plano de realização do evento.


Além disso, deve-se evitar utilizar descartáveis, optando por materiais duradouros e reutilizáveis ou em alternativa compostáveis para os pratos, talheres, copos. Este último apenas faz sentido, se no evento existirem contentores destinados à compostagem de resíduos orgânicos.


comida saudável  para evento

Escolha fornecedores e empresas locais que já aplicam boas práticas ambientais de preferência, e que comercializem alimentos cultivados na região provenientes de agricultura regenerativa e biológica.


Pode-se também verificar a certificação dos produtos oferecidos, e dar preferência àqueles que apresentem uma certificação biológica/sustentável. No caso das bebidas, evite vender água e sumos em garrafas de plástico, e opte por comercializá-las em copos de materiais duráveis.


Estas informações podem ser divulgadas na comunicação do evento, dado que muitas pessoas apresentam restrições, dietas e alergias alimentares. Além disso, deve-se evitar ao máximo o desperdício alimentar, no entanto, se houver, estes devem ser encaminhados devidamente ao contentor castanho, destinado aos alimentos orgânicos.


→ Sabe mais sobre estas questões no nosso artigo: O Diagrama de Borboleta aplicado ao Setor Agroalimentar (Boas Práticas)


8. Montagem e desmontagem do evento


Se o local escolhido para o evento não tiver uma estrutura fixa (como salas, auditórios, casas de banho, cafés, etc.), deve-se estruturar um plano de montagem e desmontagem que foque no baixo impacto a nível ambiental.


Pode-se começar fazendo um levantamento dos fornecedores locais que já possuam experiência com algumas boas práticas, e que priorizem a reutilização de materiais.


sala de evento

Deve-se planear a montagem do ecoevento de modo a aproveitar a iluminação natural, a ventilação (correntes de ar) e respeitar a vegetação do local. Além disso, todos os equipamentos elétricos e eletrónicos podem ser feitos através de serviços de aluguer, e devem ser ecoeficentes, de modo a priorizar o baixo consumo de energia.


É importante que durante a montagem e a desmontagem, o trabalho seja acompanhado para garantir que o plano esteja sendo implementado de maneira eficaz, respeitando os pormenores ecológicos, ambientais e sociais descritos. Se houver qualquer desperdício, deve-se garantir que este seja valorizado pela empresa/fornecedor, ou encaminhado corretamente.


9. Envolvimento da comunidade local


A integração da comunidade local potencia o desenvolvimento regional, trazendo muitos benefícios a nível económico, social e ambiental.


Sendo assim, todas as atividades necessárias para a produção do evento, sejam os serviços de montagem, logística, transporte, alojamento ou alimentação, devem ser da região, de forma a reduzir a pegada de carbono e diminuir os custos.


Ao dar prioridade aos comércios e serviços locais, além das pessoas se sentirem integradas, desenvolve-se a economia local, com a geração de novos postos de trabalho, o que leva ao aumento do bem-estar e da qualidade de vida da população.


suas mulheres a sorrir com cestos de flores nas mãos

Há, ainda, a possibilidade de desenvolver parcerias com os diversos fornecedores locais, bem como atuar como um agente de mudança no local, promovendo ações de sensibilização e formação focadas nas boas práticas associadas à circularidade e à sustentabilidade que podem ser desenvolvidas no local.


Estas ações podem aproximar pessoas, empresas, organizações e instituições locais que podem colaborar juntas, acelerando a transição para uma economia circular mais justa e sustentável para todos.


10. Estratégia de comunicação do ecoevento


A comunicação de todo o evento sustentável deve seguir os princípios da sustentabilidade e circularidade, de modo a priorizar uma comunicação responsável e, se possível, paper-free. Assim, evite espalhar flyer e cartazes pelas ruas, e opte pela compra online e ticket digital.


Utilize as plataformas digitais (sites, blogs, landing pages, redes e mídias sociais) para divulgar o evento, pois é possível ter um grande alcance com um investimento relativamente baixo nestes canais. No caso de necessitar utilizar materiais de divulgação, deve-se optar por produtos certificados, não tóxicos, biodegradáveis, recicláveis e reutilizáveis.


cadeiras com merchandising de eventos

Por fim, a comunicação das estratégias ambientais e sociais escolhidas e utilizadas no plano deve ser promovida e divulgada junto a todos os públicos do evento (organizadores, promotores, participantes, colaboradores, etc.), bem como envio de informações detalhadas deve ser enviada para as autarquias, juntas de freguesia, câmaras municipais, etc.


11. Monitorização e avaliação dos resultados


Durante a pré-produção do evento é importante que a equipa responsável esteja atenta aos detalhes, de modo a garantir que o plano esteja a ser aplicado da maneira mais sustentável possível. No entanto, outra parte também muito importante é a do pós-evento, onde se avalia os resultados obtidos.


pessoas a analisar dados numa empresa

No caso dos eventos sustentáveis, costuma-se fazer esta mensuração através da quantidade de resíduos recolhidos, desde embalagens de plástico, vidro, metal, papel e cartão.


Entretanto, a avaliação dos resultados pode ser mais ampliada, considerando, por exemplo, os desperdícios (se houver), o impacto local, seja no espaço físico ou na população, a pegada carbónica, etc.


Quais as certificações dos Eventos Sustentáveis?


A norma de certificação de sistema de gestão de eventos sustentáveis (SGES) é o ISO 20121, que procura auxiliar os organizadores, gestores e fornecedores a desenvolverem boas práticas nos eventos, com vistas a maximizar os impactos positivos e reduzir e/ou eliminar os impactos de ordem social, ambiental e económico que podem ser causados.


Com vistas a dar uma maior suporte ao evento, é importante referir que esta norma pode estar aliada a outras certificações, como a ISO 9001 (Sistema de gestão da qualidade - SGQ), com foco na eficiência dos processos e melhoria da gestão das relações; e a ISO 14001 (Sistemas de Gestão Ambiental - SGA), que reforça o compromisso com o meio-ambiente.



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Autoras:

Mariana Pinto e Costa (Co-fundadora BeeCircular)

Daniela Diana (Estagiária de Marketing e Comunicação)

Contacte-nos: hello@beecircular.org


Fontes Consultadas:


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